É um quadro sem tela
Sem moldura
É um quadro que me pinto
Linha por traço
Abstrato
É, por vezes, sombrio e vertical
Às vezes sou árvore,
Um céu azul, muito azul.
Às vezes sou apenas uma mão
Um rosto no infinito.
Às vezes sou flor e beija-flor
Sem mais lembranças
Coisas sem sentido
Tinta sem motivo...
No quadro que me pinto
Busco na cor a palavra não dita
O beijo não dado
O sol não posto
Busco na cor a tragédia do cotidiano
O silencio da agonia
A música que emana.
A chuva que cai.
O concerto do erro
Nenhum comentário:
Postar um comentário